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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Leitura Simultânea de Textos - 14ª semana



"O homem acredita mais com os olhos do que com os ouvidos.
Por isso longo é o caminho através de regras e normas,
curto e eficaz através do exemplo."




A tigela de madeira

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caiam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritavam-se com a bagunça.
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao pai - disse o filho.
- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão. Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia a refeição à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrima em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair no chão.
O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai ´percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:
- O que você está fazendo?
O menino respondeu:
- Oh, estou fazendo uma tigela de madeira para você e mamãe comerem, quando eu crescer.
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família. dali pra frente e até o final de seus dias  ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caia, o leite era derramado ou a toalha da mesa suja.



Como ação do Projeto Cultuando a Paz, realizamos na escola no dia 8/11, a leitura do texto A tigela de madeira. Na busca de melhorar nossas relações interpessoais, o texto provocou na escola reflexões quanto a inclusão social do idoso e a importância de cada um nesse processo: a educação é feita de exemplos e o amanhã e não devemos nos esquecer que o amnhã chegará e que sempre colheremos o que eu plantarmos; seja bom ou ruim...


Redação e Produção: POIE Keiko

2 comentários:

beatriz disse...

Imagino que para lidar com as diferenças entre nós e as outras pessoas, temos que aprender compaixão, autocontrole, piedade, perdão, simpatia e amor – virtudes sem as quais nem nós, nem o mundo, podemos sobreviver."
(Wendell Berry)

beatriz disse...

Imagino que para lidar com as diferenças entre nós e as outras pessoas, temos que aprender compaixão, autocontrole, piedade, perdão, simpatia e amor – virtudes sem as quais nem nós, nem o mundo, podemos sobreviver."
(Wendell Berry)